domingo, 20 de fevereiro de 2011

Coisas que se aprendem

Hoje estou para isto. Escrever. Coisa que decidi fazer apenas quando sentisse que valia a pena, pelo menos para mim. Sem desconsiderar as 7 pessoas que figuram na lista de seguidores.
O ano não começou bem, sinto-me uns furos abaixo do que era. Para ser franco, não me acho boa companhia nos tempos que correm. Para aborrecer já basta ler as notícias de qualquer jornal, pelo menos ficam aborrecidos por conta própria e não por minha causa. É nesse sentido que não me acho boa companhia. Sentir-me-ia um chulo se me aproximasse de alguém com o intuito de melhorar a minha disposição. Cínico. Prefiro deixar a molestia passar. A falta de ânimo já se arrasta por alguns meses mas, e felizmente, com tendência a melhorar. Há quem lhe chame depressão. Há quem enfie doses massivas de medicamentos pela goela abaixo para depois andar por aí com ar de zombie. Eu prefiro andar por aí (ponto final) sozinho mas pelo menos consciente do dia da semana em que estou. Prefiro. Estar sozinho é coisa que se aprende a dar valor. Por vezes é preciso, ajuda a tomar consciência daquilo a que dou importância e a definir metas. O difícil é ver que neste processo há amizades de que sinto (muita) falta da mesma forma de que houve outras de que tenho vergonha. Desilusão. O tempo tende a revelar verdades fora de tempo. Tão fora de tempo que se torna impossível encarar e pôr certas pessoas no lugar delas, porque já é tarde e o mal foi demasiado bem feito e não há nada, para além de uma amizade, que abone a minha defesa. Resta-me que o tempo revele de novo a verdade, ainda que seja de novo fora de tempo.

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