Isto de ter um trabalho que se reflete em objectivos trimestrais, semestrais e anuais, levam ao extremo tudo o que envolve capacidade psicológica para aguentar a pressão por parte dos departamentos que estão constantemente a analisar e a reportar dados para saber se atingimos, ou não, a meta estabelecida para um dado período. No meio disto, enquanto olham apenas para os números, esquecem-se que as pessoas não são máquinas. Embora, o trabalho em si não seja desumano, o esforço e a pressão exercida ultrapassam limites.
Lidero uma equipa de gente visivelmente cansada, farta de fazer horas extra, farta de colmatar falhas de planeamento. Apesar do cansaço de uma semana, se ainda for preciso trabalhar durante um fds, ainda há quem diga que sim, ainda há quem compreenda que passamos por tempos difíceis e que precisamos mesmo de toda a disponibilidade que as pessoas possam dar. Em muitas vezes custa-me pedir para virem mais um dia. Eu também lá estou, não posso dar parte fraca, e ainda tenho de os motivar. Também me custa assistir ao empenho e perceber que o reconhecimento de uma equipa nunca passa para fora de uma secretária cheia de mapas e números...
Para mim ainda não é fim de semana, ainda.
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