Quando chego ao carro deparo-me com uma situação engraçada, uma mulher com ar de executiva estava a usar o espelho lateral para retocar o baton nos lábios. Ela, literalmente, abusou do pobre espelho, torceu aquilo tudo a belo prazer. Eu, não querendo interromper, apesar de estar com pressa para ir embora, recuei e deixei-me ficar quieto e em silêncio até ela se despachar mas perto o suficiente (à distância de um carro) para que ela percebesse que eu era o dono do carro preto e lavadinho do qual ela se estava a servir do espelho, e ainda do reflexo dos vidros.
Pois, eu até podia ter aberto o carro com o comando à distância, aquilo até acende luzes e faz uns bips, mas não o fiz para não parecer deselegante. Ainda aproveitei para fazer uma chamada rápida no telemóvel. Acho que ela não viu a situação do ponto de vista do cavalheirismo.
Qualquer encanto que eu lhe pudesse ter achado caiu por terra assim que ela abriu a boca... ficou-lhe mal a atitude histérica e arrogante, e mesmo depois de perceber que o carro era meu nem foi capaz de pedir desculpa pelo espelho.
Até podem dizer que eu estava a olhar todo regalado para ela. Não estava, mas devia tê-lo feito. Se fiquei com a fama, devia ter ficado, também, com o proveito.
Cabra!! Da próxima vez, ou despachas-te ou apalpo-te o rabo, pode ser que estranhes menos!
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